A maioria das pacientes já ouviu falar que as próteses podem ter perfil alto ou superalto. Na verdade existem também os perfis baixo e moderado, menos utilizados. À primeira impressão, a palavra “alto” parece estar relacionada com a altura das mamas, então a maioria prefere o “superalto” pois quer ter o colo das mamas mais alto. Porém o significado não é este.
A diferença entre um perfil e outro é a relação do diâmetro da prótese (base) com sua altura (projeção). Vamos pegar como exemplo a marca Mentor, da Jhonson. Uma prótese de 350ml no perfil alto tem 11,7cm de diâmetro e 4,9cm de altura, enquanto a uma prótese com os mesmos 350ml do perfil superalto tem 10,3cm de diâmetro e 5,4cm de altura (mais estreita e mais alta). A escolha entre um e outro se baseia principalmente no diâmetro, que deve ser adequado à largura do tórax da paciente.
Se a largura da base da mama de uma paciente tem 12cm, o perfil superalto não será adequado, pois tem apenas 10,3cm de base e não vai preencher toda a largura do tórax, podendo até deixar as mamas mais separadas. Por outro lado, se a mama da paciente tem 10,5cm de base, o perfil alto com 11,7cm ficaria muito largo, podendo sair para a lateral do tórax com aspecto desproporcional.
Assim podemos perceber que não existe um perfil melhor do que o outro, e sim o perfil mais adequado para cada tipo de tórax. O colo alto, tão desejado, não depende do perfil da prótese, mas sim de outros fatores, como o posicionamento da loja da prótese, a anatomia de implantação da mama, posição da aréola, etc.